Adopção

Uma atitude consciente

A decisão de adopção de um animal deve ser resultado de uma profunda reflexão consciente sobre a capacidade e vontade real de satisfazer as necessidades primárias a que um animal obriga.

Neste contexto, adoptar um animal por impulso, simplesmente para satisfazer um desejo primário ou inconsciente, por vaidade (uma determinada raça está mais na moda), é a todos os níveis condenáveis. Um animal de estimação requer cuidados específicos e obriga a criação de laços muito fortes. Esta disponível a este compromisso?

Nem todos os humanos merecem ter um animal de estimação.

Quatro necessidades básicas para adoptar um animal:

• Possuir instalações adequadas às necessidades do um animal.
• Ter disponibilidade financeira para providenciar ao animal cuidados médicos e alimentação.
• Disponibilidade e vontade de prestar os cuidados mínimos de afecto e exercício físico ao animal.
• Estar ciente que o animal irá crescer e num curto espaço de tempo, assumirá um estado de adulto, alterando assim o seu comportamento.

Se estas necessidades se enquadram nos seus desejos, parabéns pode ter um animal de estimação. Se eventualmente não tiver estas condições desista e sinta-se uma pessoa responsável e aguarde pelo momento oportuno. Adopte um amigo, não uma “dor cabeça”!!!

A escolha do gatinho

Na selecção do seu animal de estimação deve ter sempre presente que ira coabitar com um novo inquilino e portanto mediante as condições que dispõe tenha em atenção os seguintes factores:

• Pêlo curto ou cumprido.
• Macho ou fêmea.
• Comprar ou adoptar?

Após uma reflexão sobre estas questões e tendo em conta as inúmeras raças de gatos homologadas pela Federação Fenilógica Internacional, chegou o momento da verdade.

Onde comprar?

Caso não esteja familiarizado com o assunto e optar por um gato de raça específica, deverá obter as listas de criadores junto das associações de fenicultura, nos clubes de raças, consultar revistas da especialidade ou ainda consultar profissionais em lojas de animais. Pense maduramente antes de se decidir. Como em todos os sectores da vida existe o bom e o péssimo. Exija garantias e
NUNCA ADQUIRA OU ADOPTE POR IMPULSO.

Se não estiver interessado num animal de raça e optar pela adopção, dirigir-se a uma associação, ao canil municipal ou a um abrigo para cães vadios que exista na sua localidade.

Qual a idade ideal?

Se adquirir o gatinho, a idade ideal é por volta das 10 semanas (a idade mínima legal é de 8 semanas). Deve obrigatoriamente ter as primeiras vacinas (portador de boletim de vacinas), estar desparasitado e ainda o pedigre se for caso disso. Certifique-se que esta de boa saúde e que assiduamente conviveu com seres humanos. Na adopção normalmente o animal já é adulto, devendo contudo certificar-se do seu estado de saúde antes de o levar para casa principalmente se têm crianças.

A chegada a casa

Deixe o animal familiarizar-se e reconhecer o novo ambiente. Por norma serão necessários 1 a 2 dias para esta adaptação, devendo desde o inicio sociabiliza-lo com o espaço por si demarcado para ele sendo aconselhável que disponha já do conjunto de acessórios, os quais são indispensáveis ao conforto do animal (e ao seu também), aos jogos e à sua alimentação..

Qualquer alteração posterior ser-lhe-á difícil ou quase impossível desalojá-lo quando chegar à idade adulta.

Deve ainda ter em atenção o local onde vai alimenta-lo tendo em conta que o espaço é suficiente para dois recipientes: um comedouro para os alimentos e um bebedouro para a água. Crie com o gatinho ou gato adulto uma “cumplicidade” agradável e comece a desfrutar do seu companheiro. Esta atitude ira simplificar imenso a familiarização do animal.

Outros animais em casa

A apresentação deve decorrer rapidamente para possibilitando ao gatinho uma correcta integração. Á excepção de roedores ou aves, cuja coabitação é praticamente impossível, a apresentação deverá ser feita sob vigilância e de forma progressiva. Uma má integração pode desenvolver um sentimento de frustração e/ou ciúmes poderá levar à evasão temporária do animal residente.

Por mais paradoxal que possa parecer, um cão bem socializado aceitará o gatinho com facilidade. Eventualmente cães adultos poderão ser menos tolerantes, mas uma ligeira arranhadela do pequeno felino pondo-o no lugar e a integração processar-se-á, geralmente, de forma rápida e sem problemas.

Com outro gato, a tarefa poderá ser muito mais difícil! Um gato adulto tolera com alguma dificuldade a intrusão de um gatinho no seu território. Ao sentir o seu espaço e os seus hábitos serem alterados, mostrara o seu desagrado através de comportamentos ameaçadores. A aceitação total poderá demorar alguns meses.

Durante a apresentação, não permita qualquer agressividade. Faça-o em território neutro durante um jogo ou uma refeição. Repita a operação até que ambos os gatos suportem a presença do outro e comecem a partilhar. Estabelecer-se-á uma relação hierárquica entre os dois felinos, a qual deverá ser absolutamente respeitada.

Mantendo os privilégios do animal residente (cão ou gato) durante os primeiros dias, demonstrando-lhe que continua com o seu próprio território, isolando o gatinho, para que este explore a casa de forma progressiva e evite esconder-se sob os móveis, esta a facilitar e acelar esta integração.

Boa sorte !!!


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